Qualquer ação relacionada ao
planejamento de transportes, inevitavelmente, se deparará com a fase de
obtenção de dados. Essa coleta de
dados envolve a obtenção e agrupamento de informações. Pode ser feita
manualmente, por entrevistas e ao contar o número de carros que usam uma via
durante um período de tempo por exemplo, ou com o uso de tecnologia, empregando
câmeras capazes de fazer a leitura de placas. As entrevistas (estudos
origem-destino) são feitas de preferência individualmente, na casa dos
entrevistados, no local de trabalho ou pontos de grande tráfego. Elas têm o
objetivo de obter informações sobre as características dos indivíduos no que
diz respeito a tipo e motivo de viagens realizadas, modais utilizados, e tempo
de viagem. Os participantes das pesquisas domiciliares registram suas
atividades em um formulário por um período de 24 horas. Entre as informações
colhidas estão origem e destino da viagem, horário de início e fim, distância
percorrida e número de passageiros. Esses dados podem servir a diferentes
propósitos. Primeiro, o planejador pode descrever uma condição existente e
buscar uma explicação para tal condição. Segundo, a análise de dados também
possibilita a previsão de demandas futuras e os efeitos de mudanças no sistema.
Terceiro, é possível medir os efeitos de mudanças com pesquisas feitas antes e
depois de intervenções.
Junto com as entrevistas, um outro modo de comprovar
um padrão de viagens existente e prever futuras gerações de viagens é através
do monitoramento de tráfego e uso de tecnologia avançada. Contagens manuais são
geralmente usadas para determinar movimentos de conversão, fluxo de pedestres e
ocupação de veículos. Geralmente, essas contagens são realizadas de terça feira
a quinta feira em períodos de quinze minutos nos horários de maior fluxo. A
contagem manual não requer grandes recursos, bastam alguns observadores
treinados e munidos de formulários apropriados. A contagem automática possibilita
a obtenção de grande quantidade de dados. Utiliza-se dispositivos de contagem
móveis, permanentes e de vídeo. Os dispositivos móveis se assemelham à contagem
manual com a vantagem de dispor de um contador automático, o que possibilita
períodos de contagem mais longos. Os dispositivos permanentes requerem
estruturas mais elaboradas e caras para permitir o acompanhamento do volume de
tráfego por longos períodos de tempo. O uso de gravações de vídeo permite a
contagem do volume de tráfego em dada localidade onde haja câmera.
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